Multipropriedade avança e movimenta R$ 14 bi no Nordeste
Levantamento mostra que a região Nordeste concentra 29 empreendimentos ativos em sete estados
Ipioca Beach Residence, em Maceió, funciona no formato de multipropriedade no litoral Norte do estado - Foto: Divulgação
O mercado de multipropriedade segue em franca expansão no Brasil e, no Nordeste, esse modelo já movimenta mais de R$ 14 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV). É o que revela o estudo “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2025”, elaborado pela Caio Calfat Real Estate Consulting.
A multipropriedade permite ao comprador adquirir uma fração do imóvel, com direito de uso por períodos específicos do ano, geralmente de duas a quatro semanas, proporcional à participação adquirida.
Conforme matéria publicada no portal Movimento Econômico, o levantamento mostra que a região Nordeste concentra 29 empreendimentos ativos em sete estados, com aumento expressivo no número de unidades habitacionais (UHs) e expansão em destinos turísticos consolidados, além de novos polos em desenvolvimento.
A Bahia lidera com dez empreendimentos e um VGV de R$ 4,38 bilhões, seguida pelo Ceará, com cinco projetos que somam R$ 2,72 bilhões. Sergipe, mesmo com apenas dois empreendimentos, surpreende com VGV de R$ 2,80 bilhões, reflexo de projetos de grande porte. Alagoas ocupa a quarta posição, com três empreendimentos que totalizam R$ 1,24 bilhão, sendo o Ipioca Beach Residence, em Maceió, um dos destaques. Pernambuco registra dois projetos que somam 670 unidades e VGV de R$ 1,15 bilhão. A Paraíba tem quatro empreendimentos, com 450 unidades e VGV de R$ 835 milhões, enquanto o Rio Grande do Norte conta com três projetos, totalizando 519 UHs e R$ 1,07 bilhão.
Em âmbito nacional, o setor segue em trajetória de crescimento. Em 2025, o mercado brasileiro atingiu um VGV de R$ 92,7 bilhões, um aumento de 16,6% em relação ao ano anterior, com 216 empreendimentos e mais de 42 mil unidades habitacionais distribuídas por 97 cidades em 18 estados. Esse avanço reflete a profissionalização do mercado, o amadurecimento da regulação e a diversificação dos destinos turísticos.
Déficit de mão de obra
A escassez de profissionais qualificados na construção civil se agrava em todo o Brasil e Pernambuco não foge à regra. Segundo pesquisa do FGV IBRE, 71,2% dos empregadores do setor relataram dificuldade para contratar entre junho de 2023 e junho de 2024. A situação reflete problemas estruturais como formação técnica insuficiente, concorrência com outros setores, envelhecimento da mão de obra e alta rotatividade.
Feirão busca solução
Diante desse cenário desafiador, a Ademi-PE, em parceria com a CCPE, Sinduscon-PE e outras instituições, lançou o 1º Feirão de Empregos da Construção Civil de Pernambuco, uma estratégia robusta para reduzir o déficit de profissionais. A previsão é que o evento ocorra entre setembro e outubro. O projeto aposta na atração de novos talentos, sobretudo mulheres e jovens das classes C e D, aliando capacitação técnica, inclusão e diversidade. Além de intermediar vagas, o Feirão oferece cursos de qualificação, triagem e orientação profissional, fortalecendo a cadeia produtiva e preparando mão de obra para as demandas tecnológicas do setor.
TIM no São João
A TIM está reforçando sua rede nas principais cidades que sediam grandes festejos juninos. A operadora marca presença em polos tradicionais de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia. A expectativa é que, este ano, o tráfego na rede 5G represente mais de 40% do total durante o período junino.
Fonte: Folha de Pernambuco