Modelo de multipropriedade cresce no Brasil com foco em turismo e compartilhamento de custos

Situado em Penha, uma das cidades mais visitadas do Brasil, o Amazon Parques & Resorts será o primeiro complexo turístico do mundo com temática amazônica.

O modelo de multipropriedade, que permite a aquisição legal compartilhada de imóveis por diferentes compradores, vem ganhando espaço no Brasil como alternativa de acesso à casa de férias em destinos turísticos.

A proposta oferece ao comprador o direito de uso por determinado período do ano, mediante escritura, e com custos proporcionalmente divididos entre os cotistas.



Empreendimentos investem em estrutura e localização estratégica

Um dos empreendimentos que adota esse sistema é o Amazon Parques & Resorts, atualmente em construção na cidade de Penha, litoral norte de Santa Catarina.

O projeto combina estrutura de resort com localização próxima ao parque Beto Carrero World, apostando na atratividade turística da região. O complexo deve contar com mais de 250 unidades habitacionais e área de lazer de 9 mil m². Entre os serviços oferecidos estão piscinas, spa e espaços voltados ao lazer familiar.



Crescimento do setor no Brasil e no mundo

Segundo dados da consultoria PwC, a multipropriedade deve movimentar cerca de US$ 335 bilhões no mundo até o final de 2025.

No Brasil, onde a prática foi regulamentada em 2018, o setor já soma mais de R$ 100 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) anual, de acordo com levantamento da consultoria Caio Calfat.



Perfil do comprador e novas formas de consumo

O modelo tem atraído especialmente a Geração Z, responsável por metade das cotas comercializadas em alguns empreendimentos.

A proposta oferece maior controle de gastos, possibilidade de intercâmbio por meio de redes internacionais como a RCI — que reúne mais de 4.200 empreendimentos em 110 países — e praticidade na gestão do imóvel, já que a manutenção é compartilhada entre os proprietários.



Tendência reflete mudanças no comportamento do consumidor

Especialistas apontam que a multipropriedade reflete uma mudança no perfil do consumidor, que busca experiências personalizadas e maior flexibilidade, sem os encargos totais da posse tradicional de um imóvel de veraneio.

A expansão do setor também acompanha uma tendência de valorização de práticas sustentáveis e de economia compartilhada.


Fonte: Capital Econômico