Empreendimento em Capão da Canoa terá shopping e hospital interligados
Projeto desenvolvido no Litoral Norte integra complexo “seis em um” inédito no Estado
Praça de alimentação terá restaurante, cafeteria, sorveteria e rede de fast-food. Grupo Pessi / Divulgação
A busca por soluções que integrem moradia, trabalho, consumo e lazer impulsiona os empreendimentos multiúso no Brasil. Conforme a Caio Calfat Real Estate Consulting, o mercado de multipropriedade, uma das principais vertentes do setor no país, movimentou R$ 100 bilhões em 2024, com crescimento de 25% em relação ao ano anterior.
Seguindo essa tendência, Capão da Canoa foi o destino escolhido para um shopping com proposta inédita no Litoral Norte do Estado. O espaço comercial, com inauguração prevista para o final de 2029, integra o Markho Life Complex — um conjunto de seis prédios que reúne torre corporativa, edifício residencial, estacionamento, moradia inteligente e o primeiro hospital de alta complexidade da região.
O empreendimento sob liderança do Grupo Pessi promete uma experiência integrada para diferentes públicos — de moradores a veranistas, além de profissionais instalados no complexo e pacientes. De acordo com o CEO do grupo, Alfredo Pessi, o shopping mall reunirá 29 operações, com uma curadoria especializada para atender às demandas cotidianas de uma população que já se aproxima de um milhão de pessoas no Litoral Norte ao longo de todo o ano — e que supera 3,5 milhões na temporada de verão. Na entrevista a seguir, o executivo conta detalhes do projeto.
Como o shopping se insere no ecossistema do Markho Life Complex?
O grande propósito do shopping é ser uma solução completa para quem vive, trabalha ou visita o complexo. Ele integra um projeto de seis prédios em um, com moradia, serviços, trabalho e saúde em um só lugar. Por isso, o mix de lojas será voltado a produtos e serviços do dia a dia, atendendo não só o público interno, mas também toda a região.
Quais os principais atrativos para os lojistas interessados em operar no mall?
Nosso empreendimento é único no Rio Grande do Sul — e o primeiro concebido nesse modelo no Brasil. Estimamos cerca de 6.500 pessoas circulando por dia, considerando hospital, consultórios, escritórios e demais áreas. Serão apenas 29 lojas e um quiosque — algo bem exclusivo, com uma operação única de cada segmento.
Além disso, teremos muita tecnologia embarcada. No estacionamento serão 699 vagas, sendo que 100 delas terão ponto de carregamento elétrico e um sistema de segurança com reconhecimento facial. Aliás, essa tecnologia também permitirá traçar perfis e estratégias comerciais a partir do comportamento do público. Será um modelo vivo de inteligência de dados com foco em resolver a vida das pessoas.
Que critérios estão sendo usados para definir o mix de lojas?
Buscamos excelência para criar um mix realmente útil. Ter o Fernando Sellos (executivo com experiência no desenvolvimento de mix de lojas e serviços, tendo passado por empresas como Iguatemi e GRU Airport) foi um aprendizado para nós. A ideia é termos supermercado, salão de beleza masculino e feminino, bancos, lotérica, empresa de telefonia, além de uma praça de alimentação com restaurante, cafeteria, sorveteria e fast-food.
Como será a conexão do shopping mall com o hospital de alta complexidade?
No andar térreo do shopping ficará o Centro de Tratamento Diagnóstico, com exames como raio-X, tomografia, ressonância magnética, oncologia, colonoscopia e ecografia, atendendo tanto o hospital quanto o público em geral — inclusive quem sai de uma consulta na torre corporativa. Assim, a pessoa pode fazer um exame, tomar um café, resolver demandas bancárias ou passar no supermercado, tudo em um mesmo endereço.
O hospital, especificamente, é uma solução que ajuda a desafogar a saúde em Porto Alegre. Hoje, muitas pessoas daqui são levadas para lá. Também atenderemos moradores do interior que têm imóveis no litoral e preferem se tratar nessa região. Para isso, é essencial que o SUS e os hospitais menores sigam atendendo casos de baixa e média complexidade. Nosso foco é viabilizar uma resposta regional qualificada.
Quem entrar agora como lojista tem algum diferencial?
Sim. Quem já está com a gente neste momento terá visibilidade desde o início — tanto dentro do empreendimento, durante a obra, quanto em mídias sociais e na imprensa. Cada contrato assinado já faz parte de um acordo maior, que é esse projeto para toda a região.
Fonte: Zero Hora