Multipropriedade beneficia turistas brasileiros
A multipropriedade está em um novo momento e, de acordo com pesquisa da Caio Calfat Real Estate, o turista brasileiro que adquire produtos de férias compartilhadas soma mais benefícios. Entre eles, estão viajar mais, priorizar hospedagens de padrão superior, permanecer mais tempo fora de casa e impacto econômico maior nos destinos que visita.
Os dados integram o estudo Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2025, realizado com apoio da RCI. O levantamento, conduzido entre março e abril de 2025, ouviu 1,3 mil pessoas por meio de questionário online — sendo 658 multiproprietários e 702 não clientes do segmento.
Em resumo, a análise é que o desejo por experiências, conforto e lazer, aliado a preços competitivos, são os principais motivadores das viagens. Isso vale, então, para compradores de férias compartilhadas e o público geral.
Recortes
O relatório mostra que semelhanças nas motivações dos turistas multiproprietários e não clientes do tipo não escondem as distinções entre os perfis. Os adeptos da multipropriedade, por exemplo são majoritariamente homens (71%), com idades entre 40 e 69 anos, pertencentes às classes A e B. Do outro lado, em sua maioria, estão mulheres (66%) com idades entre 30 e 39 anos, das classes B e C.
As diferenças aparecem de forma mais clara nos hábitos de consumo. Entre os multiproprietários, 49% relataram ter feito de duas a três viagens nacionais no último ano. As hospedagens de padrão elevado são preferência, com 49% optando por hotéis quatro estrelas e 18% por resorts, geralmente em regimes de pensão completa ou all-inclusive.
Já entre os não clientes, 32,8% fizeram apenas uma viagem no mesmo período, com maior procura por pousadas (22,9%) e decisões pautadas por preço (73,6%). Dentro desse recorte, também estão segurança (68,1%) e facilidade de reserva (65,1%).
O gasto médio também é um diferencial. Entre os adeptos das férias compartilhadas, 38% gastam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por viagem nacional. No grupo dos não clientes, a maioria (28,3%) fica na faixa entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.
Fonte: Hotelier News