Multipropriedade e timeshare foram temas do II Fórum Nacional da Hotelaria do FOHB

Caio Calfat foi o moderador desse painel

Caio Calfat foi o moderador desse painel

Encerrando a programação de conteúdos, “A evolução da multipropriedade e timeshare” foi o último painel do II Fórum Nacional da Hotelaria, promovido pelo FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil no Centro de Convenções do hotel Pullman São Paulo Vila Olímpia/Grand Mercure, nesta segunda-feira, dia 9 de setembro. Participaram desse painel, que teve moderação de Caio Calfat, CEO da Caio Calfat Real Estate Consulting e Presidente da ADIT Brasil, Alexandre Zubaran, CEO da Enjoy Hotéis e Resorts; Fabiana Leite, Sênior Manager New Business Develepment da RCI; Francisco Costa Neto, CEO da Aviva; e Roberto Rotter, Diretor executivo da Rede Plaza de Hotéis.

Caio Calfat iniciou o painel relembrando os eventos realizados pelo ADIT Brasil, entidade da qual é Presidente, com foco no ADIT Share, encontro especializado no tema multipropriedade. “Em certo momento após a consolidação desses eventos, fomos procurados por um grupo em Goiás que nos relatou uma insegurança jurídica muito grande por parte de investidores. Convidei então a Maria Carolina Pinheiro, que era Presidente do RCI e montamos um grupo no SECOVI. Três anos depois criamos um projeto de lei de forma relativamente tranquila, apresentado em Brasília, com texto aprovado com poucas mudanças. Essa lei foi sancionada pelo Presidente da República, Michel Temer, em 20 de dezembro de 2018. Seis anos depois, assistimos o surgimento de um grande número de empreendimentos espalhados pelo País, em 16 estados. Esse foi um dos fatores que motivou a criação do Manual de Melhores Práticas de Multipropriedade Imobiliárias Turísticas SECOVI-SP, desenvolvido praticamente pelo mesmo grupo responsável pelo Projeto de Lei, que está disponível no site do SECOVI para download”, detalhou Calfat.

Calfat perguntou para Fabiana Leite sobre o aumento do número de associados. “Com a lei aprovada no ano passado, algumas incorporadoras começaram a se interessar. A RCI mantém um crescimento anual de 13% e o interesse do timeshare é crescente. A procura pelo timeshare continua, a RCI possui mais de 240 empreendimentos afiliados em todo o Brasil. Nos últimos três anos percebemos um crescimento orgânico até, exemplo de Gramado”, revelou a executiva.

Caio Calfat completou a fala de Fabiana e reiterou o crescimento da modalidade. “Assim como a multipropriedade pode construir um destino, caso de Olímpia, também pode motivar o efeito contrário”, explicou Calfat, perguntando em seguida para Alexandre Zubaran, como ele enxerga esse crescimento. “Uma série de destinos turísticos nasceram pela força da demanda, inclusive muitos vendidos e promovidos pela CVC. O turismo como vetor de desenvolvimento é uma benção, mais benéfico do que qualquer outro, que pode ser danoso ao meio ambiente, além de gerar mais empregos e aquecer a economia local. A multipropriedade tem uma característica muito poderosa, mas quem não estiver preparado para administrar o fluxo de caixa e o relacionamento, vai ficar pelo caminho”, opinou Zubaran.

Ao ser perguntado sobre os próximos movimentos da rede Plaza de Hotéis, Roberto Rotter explicou que cidades como Gramado e Canela não estão no radar da companhia e as razões para isso e expôs a sua visão sobre a multipropriedade: “Hoje emprestamos a experiência para os investidores, a expertise da comercialização e entramos como parceiros. Gramado, Canela e Bento também sofre de sazonalidade como qualquer outro destino. Uma forma de atualizar os empreendimentos encontrada pelo Plaza é a entrada neste segmento (timeshare). Estamos desenvolvendo um projeto em João Pessoa e outro em Bariloche como administradora hoteleira. Depois da lei, a curiosidade se tornou mais objetiva, com os fundos de investimento, que antes tinham aversão ao negócio, chamando as empresas do segmento para conversas. Nossa rede têm seis hotéis próprios, sendo que dois deles serão transformados em multipropriedade”, revelou.

Sobre a qualidade e transparência do atendimento ao cliente, Fabiana Leite opinou: “A gente se preocupa com o momento da entrega. Temos uma página de associados onde eles podem falar o que quiserem e ter as suas dúvidas esclarecidas”. Costa Neto reiterou: “O timeshare pode ser vendido na planta, a discussão de atendimento é comum a todas as empresas do segmento. Eu aconselho o seguinte: seja honesto e transparente com o cliente. Ponto final”, pontuou.

O II Fórum Nacional da Hotelaria é uma realização do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil em parceria com o Valor Econômico e Revista Época, com a Revista Hotéis como mídia de apoio.


Fonte: Revista Hotéis